quarta-feira, 8 de junho de 2016

PORÍFEROS: OS PRIMEIROS ANIMAIS



Os animais do Filo Porífera são informalmente conhecidos como esponjas, que são animais sésseis, isto é, vivem fixas sobre o fundo rochoso ou arenoso dos mares. Poucas espécies vivem em água doce. Possuem tamanhos e formas variados.
As esponjas são animais basais, isto é, representam uma linhagem que se origina perto da raíz da árvore filogenética dos animais. Diferentemente dos outros animais, as esponjas não apresentam tecidos verdadeiros. 




Estrutura Corporal

Os primeiros animais não desenvolvem folhetos embrionários verdadeiros, portanto, não possuem tecidos diferenciados. O corpo das esponjas possui vários poros que se comunicam com uma cavidade interna chamada átrio que, por sua vez, se comunica com o meio externo por uma abertura chamada ósculoPossuem 3 tipos básicos de estrutura corporal:
- Asconóide: os poros comunicam-se diretamente com o átrio;
- Siconóide: a parede corporal dobra-se delimitando pequenas câmaras;
- Leuconóide: inúmeras câmaras ligadas por canais. São as maiores espécies de esponja.



Apesar de não possuírem tecidos, as esponjas apresentam vários tipos celulares:
- Porócitos: com formato cilíndrico formam um canal que permite a entrada de água;
-  Pinacócitos: revestem externamente a esponja;
- Amebócitos: secretam os elementos de sustentação (espículas) e são totipotentes, ou seja, podem formar todos os outros tipos de célula do corpo da esponja;
- Coanócitos: possuem flagelos que mantém o fluxo de água pelo corpo da esponja. Também são responsáveis pela captura das partículas alimentares e pela sua digestão.




Entre as células encontramos elementos esqueléticos, que são espículas minerais com diferentes formatos apoiadas numa trama proteica de colágeno. São importantes para a classificação e identificação das espécies.



Algumas esponjas possuem somente esqueleto de colágeno e após sua morte são utilizadas como esponjas de banho por algumas populações. Esta atividade pode provocar a extinção de várias espécies.



2. Nutrição, Excreção e trocas gasosas

As esponjas são animais filtradores: capturam partículas de alimento suspensas na água que atravessa seus corpos, que em muitas espécies lembram sacos perfurados de poros. A água é drenada pelos poros para a cavidade central, a espongiocele, e sai por uma grande abertura chamada ósculo.
O batimento conjunto dos flagelos dos coanócitos  cria um fluxo de água para o interior das esponjas no sentido poro à átrio à ósculo.
Quando a água circula os coanócitos capturam as partículas nutritivas com seu colarinho membranoso fagocitando-as. A digestão é completamente intracelular e os resíduos são eliminados por exocitose para a água circulante.
Esta mesma água carrega oxigênio dissolvido para as células por difusão simples.




3. Reprodução

a) Reprodução Assexuada

Como possuem grande capacidade de regeneração podem formar agregados celulares chamados gêmulas com reservas nutritivas. Estas se desprendem do corpo das esponjas e podem resistir a períodos de dessecação até o ambiente se tornar favorável para a sua multiplicação, formando um novo indivíduo.
Também podem se reproduzir por brotamento, quando os brotos se destacam da esponja-mãe sendo carregados pela corrente de água formando novos indivíduos.




b) Reprodução Sexuada

A maioria das espécies é monóica, ou seja, cada indivíduo atua como macho e fêmea na reprodução sexuada, produzindo espermatozoides e óvulos, porém em épocas diferentes. Desta forma previne-se a autofecundação.
Os coanócitos diferenciam-se nos espermatozoides e os óvulos derivam dos amebócitos. Os espermatozoides são liberados na água penetrando em outro indivíduo através dos poros até encontrar o óvulo. A fecundação é, portanto, interna.
O zigoto dá origem a uma larva livre-natante que fixa-se a um substrato para desenvolver-se numa esponja adulta.




PARA SABER MAIS, ASSISTA O VÍDEO:




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