As
plantas vasculares sem sementes incluem as Divisões: Lycophyta (licopódios, Isoetes
e Selaginella), Pterydophyta (samambaias, cavalinhas, Psilotum e gêneros relacionados) (Figura 1).
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Figura 1 - Espécies de pteridófitas ( Adaptado de CAMPBEL, 2010) |
A
maioria das espécies atuais tem pequeno porte, apesar de existirem espécies
arborescentes com 4 m de altura ou mais.
Diversas
espécies são epífitas, isto é, vivem sobre outras plantas sem parasitá-las.
Há
poucas espécies de água doce, como a Salvinia
molesta, provavelmente originária do Brasil e que tem infestado lagos na
África, onde foi introduzida (Figura 2).
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Figura 2 - Fonte: https://florabase.dpaw.wa.gov.au/browse/profile/79 |
Um
espécie de pteridófita de terra firme também causadora de problema ambiental é Pteridium aquilinum, uma espécie
cosmopolita que ocupa agressivamente terrenos desmatados, principalmente após
queimadas (Figura 4).
Figura 3 - Pteridium aquilinum. Fonte: http://nymf.bbg.org/profile_photo_large.asp?id=2294&img=511 |
è Características gerais:
- Diferentemente
da briófitas, as pteridófitas apresentam esporófitos independentes dos
gametófitos para a nutrição. Essa novidade evolutiva permitiu o desenvolvimento
de plantas de maior porte e complexidade.
- Caracterizam-se
por não formar sementes;
-
Presença de dois tipos de tecidos vasculares (condutor) bem diferenciados: xilema e floema (Figura 4).
- O xilema (do grego, xylon, madeira) transporta a seiva
bruta (água e sais minerais) da raiz até as folhas.
- O floema (do grego, phloos, casca) conduz a seiva
elaborada (solução de açúcares e outros compostos orgânicos) das folhas,
onde é produzida, para as demais partes da planta.
Figura 4 - Fonte: http://pt.slideshare.net/Math395/pteridfitas-26248577 |
- No
lugar dos rizoides das briófitas, as pteridófitas desenvolveram raízes, órgãos que absorvem água e
nutrientes do solo, e também responsáveis pela fixação das plantas, o que
permitiu adquirirem maiores alturas.
-
Podem apresentar reprodução assexuada
(por brotamento, em algumas espécies
em que o rizoma forma pontos vegetativos) e sexuada, com formação de esporos.
è Ciclo de vida com esporófitos dominantes
- Entre
as plantas vasculares, a geração diploide (esporófito)
é a planta maior e mais complexa na alternância de gerações.
-
Nas samambaias, por exemplo, a planta que conhecemos são os esporófitos. Os
gametófitos são estruturas pequenas que crescem frequentemente sobre o solo ou
pouco abaixo da superfície (Figura 5).
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Figura 5 - Ciclo de Vida de uma samambaia. |
è Importância das pteridófitas:
As plantas vasculares sem sementes dominaram as primeiras
florestas. O seu crescimento pode ter ajudado a produzir o principal
esfriamento global que caracterizou o final do período Carbonífero (Figura 6).
Os resíduos das florestas iniciais que não sofreram
decomposição, por fim, tornaram-se reservas de carvão. Combustível crucial para
a Revolução Industrial e, ainda hoje, queima-se 6 bilhões de toneladas por ano.
Grande parte oriunda dos depósitos de carvão formados no Carbonífero.
Irônico pensar que o carvão, formado a partir das plantas
que contribuíram para o esfriamento global, agora contribui para o aquecimento
global, por meio do retorno do carbono à atmosfera.
FONTES:
- AMABIS, J.M. e MARTHO, G.R. Biologia dos Organismos. 2ª ed. São Paulo: Moderna. 2004.
- CAMPBELL, N et al. Biologia. 8ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2010.
- OSORIO, T.C. (org). Ser Protagonista-Biologia 2 – 2ª ed. São Paulo. Edições SM. 2013.
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