A maré vermelha é um
acidente ecológico que acontece em decorrência de alguns fatores como a
alteração da salinidade, oscilação da temperatura, além do excesso de sais
minerais que são ocasionados pelo escoamento de esgoto doméstico, alterando as
condições abióticas do mar.
Estas alterações podem criar
condições ideais para o crescimento dos dinoflagelados. Estes protoctistas são
algas unicelulares com dois flagelos usados para locomoção por meio de
rodopios. Pertencem a uma divisão das algas pirrófitas, que (do grego, pyrrhos
= fogo e phyta = planta) significa planta cor de fogo. O nome foi dado devido
à presença dos pigmentos avermelhados nessas algas. A reprodução dessa espécie
pode ser assexuada ou sexuada. As toxinas liberadas por este tipo de alga, são
extremamente tóxicas aos seres humanos e animais.
lembrando O DESASTRE ECOLÓGICO EM HERMENEGILDO
Em abril de 1978, na costa
de Santa Vitória do Palmar, milhares de focas, botos, peixes de todos os
tamanhos e ostras de todos os tipos começaram a aparecer mortos na praia de
Hermenegildo. Um odor de amoníaco infestou o mar e toda a região. Com chuva em
terra e tempestade nas águas, a maré forte e alagadiça tornou o ar denso ao
longo de dezenas de quilômetros.
Surgiram diversas hipóteses
para justificar a mortandade. Uma delas era de que teriam vazado produtos
químicos do navio Taquari, naufragado em 1971, próximo ao cabo Polônio, na
costa uruguaia, e que se partiu após o temporal de 1978. Isocianato de metila,
mercúrio e outras substâncias são apontadas como causadoras das mortes. Antes
do final de abril, um relatório do Ministério da Saúde apontou que a causa do
desastre foi o fenômeno conhecido como maré vermelha, provocada por toxinas
liberadas após a proliferação de algas.
O laudo recebeu muitas
críticas dos ambientalistas. A discussão sobre o problema foi fundamental para o
fortalecimento do movimento ecológico gaúcho que acabara de nascer.
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