A
maioria dos peixes dotados de esqueleto ósseo, denominados osteíctes, está
atualmente reunida na classe Actinopterygii.
Um grupo bem diversificado, com mais de 20 mil espécies descritas.
Vivem
em lagos, córregos, rios e oceanos, sendo que algumas espécies podem viver em
lugares tão quentes que poucos organismos sobreviveriam, enquanto outras podem
viver em mares extremamente frios graças a substâncias anticongelantes em seu
sangue.
Estrutura e fisiologia dos Actinopterígios
1. ESCAMAS, ESQUELETO E NADADEIRAS
A
maioria dos actinopterígios possui escamas achatadas originadas da derme, sendo
recobertas por uma fina epiderme na qual desembocam muitas glândulas produtoras
de muco. Essas glândulas lubrificam a superfície desses peixes, ajudando na
natação. Alguns poucos actinopterígios, como o bagre, não possuem escamas.
Figura 2- Fonte: http://i2.wp.com/www.euquerobiologia.com.br/ |
Nesses
peixes as escamas que cobrem a linha lateral têm um pequeno furo, por onde a
água penetra no canal da linha lateral, que possui estruturas sensoriais
denominadas neuromastos, capazes de detectar vibrações na água.
O
esqueleto é divido em esqueleto axial (cabeça e coluna vertebral) e esqueleto
apendicular (elementos de sustentação das nadadeiras).
Figura 3- Anatomia externa de um osteícte (Fonte: http://biolounge.blogspot.com.br/) |
Os actinopterígios apresentam nadadeiras ventrais pares, sendo um par peitoral e outro pélvico. Há também duas nadadeiras dorsais: uma anal e outra caudal. Na maior parte desses peixes, a nadadeira caudal é achatada lateralmente, com as partes superior e inferior do mesmo tamanho.
2. Sistema respiratório e bexiga natatória
Respiram
por meio de brânquias que, nesses peixes, são protegidas por uma cobertura
óssea chamada opérculo. A maioria respira dirigindo a água para dentro da boca,
passando pela faringe e saindo entre as brânquias pelo movimento do opérculo e
pela contração dos músculos ao redor das câmaras branquiais.
Os
peixes actinopterígios possuem a denominada bexiga natatória, um saco aéreo que
controla sua flutuabilidade. O movimento do sangue para a bexiga faz o animal
subir, enquanto a transferência de gás de volta para o sangue faz com que o
animal afunde.
A
bexiga natatória é um órgão evolutivamente relacionado aos pulmões. A homologia
entre esses órgãos é comprovada pelo estudo do desenvolvimento embrionário dos
vertebrados, em que ambos formam-se a partir da mesma estrutura.
Figura 5 - Fonte: http://br.blastingnews.com/ambiente/2015/01/controle-de-flutuacao-nos-peixes-osseos-00222465.html |
3. Sistema digestório
Apresenta
sistema digestório completo. A boca situa-se em posição anterior no corpo, o
que os diferencia dos condrictes (boca ventral). Não apresentam válvula espiral
em seu intestino, e sim, cecos pilóricos logo após o estômago, aumentando a
área de contato com os alimentos.
Figura 6 - Anatomia interna de uma truta. (Fonte: Campbell, 2010) |
4. Sistema NERVOSO E SISTEMA SENSORIAL
Nos
peixes em geral, a região do encéfalo relacionada ao olfato é muito bem
desenvolvida. Esse sentido é muito importante para animais adaptados ao meio
aquático.
Alguns
peixes, como o salmão, podem até sentir o “cheiro” dos rios onde nasceram a
dezenas de quilômetros de distância.
Os
órgãos responsáveis pelo paladar e pelo olfato (quimiorreceptores) dos peixes
se localizam nas narinas, na boca e em outras partes do corpo.
5. REPRODUÇÃO
Os
actinopterígios são dioicos com reprodução sexuada. Os detalhes da reprodução
desse grupo variam muito. A maioria das espécies é ovípara, reproduzindo-se por
fecundação externa depois que a fêmea libera um grande número de pequenos ovos.
Contudo, a fecundação interna caracteriza outras espécies.
Figura 7 - Ovos de peixe-palhaço (Fonte: https://reproducaoedesenvolvimentodosanimais.files.wordpress.com) |
Figura 8 - Cavalo- marinho "grávido" carregando seus filhos (Fonte: http://grupoc2d.blogspot.com.br/2010/07/macho-gravido-e-com-o-cavalo-marinho.html) |
O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, possuindo, no último, um estágio larval denominado alevino.
Figura 9 - Estágios de desenvolvimento de um osteícte (Fonte: https://reproducaoedesenvolvimentodosanimais.files.wordpress.com/) |
FONTES:
- AMABIS, J.M. e MARTHO, G.R. Biologia dos Organismos. 2ª ed.
São Paulo: Moderna. 2004.
- CAMPBELL, N et al. Biologia. 8ª ed. Porto Alegre. Artmed,
2010.
- OSORIO, T.C. (org). Ser Protagonista-Biologia 2 – 2ª ed. São Paulo.
Edições SM. 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário