A
classe Chondricthyes reúne cerca de
850 espécies de tubarões, cações, raias e quimeras. Esses animais são
caracterizados pela posse de esqueleto cartilaginoso, boca ventral, fendas
branquiais normalmente sem opérculo e não possuem bexiga natatória.
Figura 1: Diversidade de espécies de tubarões, arraias e quimeras. (Fonte: http://www.euquerobiologia.com.br/2011/11/diferencas-entre-peixes-cartilaginosos-e-osseos.html) |
A
maioria dos membros dos condrictes é carnívora, com mandíbula bem desenvolvida,
utilizada para dar mordidas fatais em suas presas. Como, por exemplo, os
tubarões brancos que têm se popularizado justamente por suas enormes mandíbulas
e características predatórias.
Estrutura e fisiologia dos condrictes
1. ESCAMAS, ESQUELETO E NADADEIRAS
Os
condrictes apresentam escamas placóides,
que são produzidas pela ação conjunta das células da derme e da epiderme.
Essas escamas são formadas por um material orgânico calcificado, a dentina,
sendo nutridas por vasos sanguíneos que penetram em sua parte interna, a polpa,
e recoberta por um esmalte.
Figura 2: Escamas Placóides. (Fonte: http://www.euquerobiologia.com.br/2011/11/diferencas-entre-peixes-cartilaginosos-e-osseos.html) |
O
O esqueleto, como o de outros vertebrados, é divido em esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e em esqueleto apendicular (elementos de sustentação das nadadeiras).
Tubarões
e cações têm duas nadadeiras dorsais e dois pares de nadadeiras ventrais, um na
região anterior, as nadadeiras peitorais, e outro na região posterior, as
nadadeiras pélvicas. Há também uma nadadeira caudal, achatada lateralmente e
assimétrica, com a parte superior maior que a inferior.
A
presença de nadadeiras pares foi uma importante aquisição evolutiva, que, aliada
a poderosa musculatura, permitiu torna-los nadadores mais velozes.
2. Sistema digestório e
alimentação
O
sistema digestório dos condrictes é completo e proporcionalmente menor do que
de outros vertebrados. Dentro do seu intestino possuem uma válvula espiral, um
septo em forma de sacarrolha que aumenta a área superficial e prolonga a
passagem de alimento no trato digestório. A porção terminal do intestino forma
a cloaca, onde se abrem os condutos dos sistemas reprodutor e urinário, e que
se comunica com o exterior com o ânus.
Alguns
tubarões e arraias se alimentam de plâncton. No entanto, a maioria dos tubarões
é carnívora, engolindo a presa inteira ou utilizando de suas presas afiadas
para cortar animais muito grandes. Possuem muitas fileiras de dentes
pontiagudos de estrutura semelhante as escamas placóides. Os dentes são
substituídos continuamente a medida que envelhecem e são perdidos.
3. Respiração
As
brânquias dos condrictes são projeções filamentosas ricamente vascularizadas.
O
animal aspira continuamente água pela boca, forçando-a a passar pelas fendas
branquiais, o que permite a troca de gases entre a água do ambiente e o sangue,
responsável pelo transporte de oxigênio até os tecidos corporais.
Fonte: http://peixes2010.blogspot.com.br/p/condrictes_6585.html |
4. Sistema nervoso e sensorial
Esses
peixes têm dois canais finos ao longo das laterais do corpo, chamados linhas
laterais, nas quais há aberturas aonde penetra a água do mar. Nas linhas
laterais há células sensoriais capazes de detectar alterações de pressão na
água, permitindo-lhes sentir movimentos ao redor.
Na
cabeça, existem canais sensitivos que terminam nas ampolas de Lorenzini, que
tem células sensoriais capazes de captar fracas correntes elétricas pela
atividade dos músculos de outros animais, auxiliando na caça.
Fonte: http://peixes2010.blogspot.com.br/p/condrictes_6585.html |
Os carnívoros possuem sentidos aguçados devido ao seu estilo de vida predatório.
Sua visão, apesar de não distinguir cores, é bem desenvolvida. Suas narinas,
como a maioria dos vertebrados aquáticos, possuem função olfativa e não
respiratória.
5. REPRODUÇÃO
Possuem
reprodução sexuada com fecundação interna e são dioicos.
Machos
de tubarões e arraias tem um par de diferenciações das nadadeiras ventrais, os cláspers, com os quais introduzem o
esperma na cloaca da fêmea.
Certas
espécies são ovíparas, outras são ovovivíparas. Ocorre desenvolvimento direto,
sem estágio larval.
Fonte: http://www.euquerobiologia.com.br/2011/11/diferencas-entre-peixes-cartilaginosos-e-osseos.html |
FONTES:
- AMABIS, J.M. e MARTHO, G.R. Biologia dos Organismos. 2ª ed.
São Paulo: Moderna. 2004.
- CAMPBELL, N et al. Biologia. 8ª ed. Porto Alegre. Artmed,
2010.
- OSORIO, T.C. (org). Ser Protagonista-Biologia 2 – 2ª ed. São Paulo.
Edições SM. 2013.
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