segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Vertebrados ( I ): CONDRICTES ou PEIXES CARTILAGINOSOS


A classe Chondricthyes reúne cerca de 850 espécies de tubarões, cações, raias e quimeras. Esses animais são caracterizados pela posse de esqueleto cartilaginoso, boca ventral, fendas branquiais normalmente sem opérculo e não possuem bexiga natatória.
Figura 1: Diversidade de espécies de tubarões, arraias e quimeras. (Fonte: http://www.euquerobiologia.com.br/2011/11/diferencas-entre-peixes-cartilaginosos-e-osseos.html)

A maioria dos membros dos condrictes é carnívora, com mandíbula bem desenvolvida, utilizada para dar mordidas fatais em suas presas. Como, por exemplo, os tubarões brancos que têm se popularizado justamente por suas enormes mandíbulas e características predatórias.


Estrutura e fisiologia dos condrictes


1.   ESCAMAS, ESQUELETO E NADADEIRAS
Os condrictes apresentam escamas placóides, que são produzidas pela ação conjunta das células da derme e da epiderme. Essas escamas são formadas por um material orgânico calcificado, a dentina, sendo nutridas por vasos sanguíneos que penetram em sua parte interna, a polpa, e recoberta por um esmalte.

Figura 2: Escamas Placóides.
(Fonte: http://www.euquerobiologia.com.br/2011/11/diferencas-entre-peixes-cartilaginosos-e-osseos.html)














O esqueleto, como o de outros vertebrados, é divido em esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e em esqueleto apendicular (elementos de sustentação das nadadeiras).
Tubarões e cações têm duas nadadeiras dorsais e dois pares de nadadeiras ventrais, um na região anterior, as nadadeiras peitorais, e outro na região posterior, as nadadeiras pélvicas. Há também uma nadadeira caudal, achatada lateralmente e assimétrica, com a parte superior maior que a inferior.
A presença de nadadeiras pares foi uma importante aquisição evolutiva, que, aliada a poderosa musculatura, permitiu torna-los nadadores mais velozes.



2.     Sistema digestório e alimentação
O sistema digestório dos condrictes é completo e proporcionalmente menor do que de outros vertebrados. Dentro do seu intestino possuem uma válvula espiral, um septo em forma de sacarrolha que aumenta a área superficial e prolonga a passagem de alimento no trato digestório. A porção terminal do intestino forma a cloaca, onde se abrem os condutos dos sistemas reprodutor e urinário, e que se comunica com o exterior com o ânus.
Figura 3: Representação da parte anterior de um tubarão em corte longitudinal, mostrando os principais órgãos internos. B) Detalhe do interior do intestino mostrando a válvula espiral, que auxilia na absorção dos nutirentes. (Fonte: Amabis e Martho, 2004)

Alguns tubarões e arraias se alimentam de plâncton. No entanto, a maioria dos tubarões é carnívora, engolindo a presa inteira ou utilizando de suas presas afiadas para cortar animais muito grandes. Possuem muitas fileiras de dentes pontiagudos de estrutura semelhante as escamas placóides. Os dentes são substituídos continuamente a medida que envelhecem e são perdidos.

3.  Respiração
As brânquias dos condrictes são projeções filamentosas ricamente vascularizadas.
O animal aspira continuamente água pela boca, forçando-a a passar pelas fendas branquiais, o que permite a troca de gases entre a água do ambiente e o sangue, responsável pelo transporte de oxigênio até os tecidos corporais.
Fonte: http://peixes2010.blogspot.com.br/p/condrictes_6585.html


4. Sistema nervoso e sensorial
Esses peixes têm dois canais finos ao longo das laterais do corpo, chamados linhas laterais, nas quais há aberturas aonde penetra a água do mar. Nas linhas laterais há células sensoriais capazes de detectar alterações de pressão na água, permitindo-lhes sentir movimentos ao redor.
Na cabeça, existem canais sensitivos que terminam nas ampolas de Lorenzini, que tem células sensoriais capazes de captar fracas correntes elétricas pela atividade dos músculos de outros animais, auxiliando na caça.
Fonte: http://peixes2010.blogspot.com.br/p/condrictes_6585.html










Os carnívoros possuem sentidos aguçados devido ao seu estilo de vida predatório. Sua visão, apesar de não distinguir cores, é bem desenvolvida. Suas narinas, como a maioria dos vertebrados aquáticos, possuem função olfativa e não respiratória.

5.  REPRODUÇÃO
Possuem reprodução sexuada com fecundação interna e são dioicos.
Machos de tubarões e arraias tem um par de diferenciações das nadadeiras ventrais, os cláspers, com os quais introduzem o esperma na cloaca da fêmea.
Certas espécies são ovíparas, outras são ovovivíparas. Ocorre desenvolvimento direto, sem estágio larval.
Fonte: http://www.euquerobiologia.com.br/2011/11/diferencas-entre-peixes-cartilaginosos-e-osseos.html




























FONTES:
-  AMABIS, J.M. e MARTHO, G.R. Biologia dos Organismos. 2ª ed. São Paulo: Moderna. 2004.
- CAMPBELL, N et al. Biologia. 8ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2010. 
- OSORIO, T.C. (org). Ser Protagonista-Biologia 2 – 2ª ed. São Paulo. Edições SM. 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário