1. Urodelos: anfíbios “com cauda”
Existem
cerca de somente 550 espécies de Urodelos, representados pelas salamandras. Vivem
principalmente na Europa e no norte da África.
Algumas
espécies são inteiramente aquáticas (Figura 1 e 2), mas outras vivem na terra quando adultas
ou por toda a vida. Costumam habitar regiões arborizadas.
A
maioria das salamandras que vive na terra caminha dobrando lateralmente o
corpo, característica herdada dos primeiros tetrápodes terrestres (Figura 3).
Figura 3 - fonte: http://www.curiosodato.net/2011/11/las-salamandras-y-su-gran-capacidad-de-regeneracion/ |
Elas
diferem em tamanho e no jogo de cores das costas. Algumas medem cerca de 14 a
20 centímetros.
Ao
contrário de outros anfíbios, a salamandra comum se acasala em terra firme. Depois
da fecundação, os ovos se desenvolvem dentro do órgão genital da fêmea. As
larvas nascem da fêmea numa corrente de água e sofrem metamorfose, tornando-se
adultas (Figura 4).
Figura 4 - Salamandra salamandra, Cova da Lua (Bragança) Fonte: http://umdiadecampo.blogspot.com.br |
Algumas espécies podem depositar os ovos em local úmido e apresentar cuidado parental (Figura 5).
Os anuros, com aproximadamente 5420 espécies de rãs, pererecas e sapos, são mais especializados do que os urodelos para se movimentar na terra.
Apresentam esqueleto adaptado para locomoção aos saltos através de suas poderosas patas traseiras para saltar.
São carnívoros e, em geral, utilizam a visão para a detecção da presa. Capturam insetos e outras presas ao lançar a língua longa e pegajosa acoplada à parte anterior da boca (Figura 1).
Também tem grande variedade de adaptações de defesa que ajudam a evitar seus predadores. As glândulas da pele secretam um muco repugnante e, às vezes, venenoso. Muitas espécies venenosas têm coloração brilhante que os predadores associam ao perigo (Figura 2). Outras tem padrões de cores que servem de camuflagem (Figura 3).
Esses animais possuem uma grande diversidade de estratégias reprodutivas. Entre elas, a vocalização do macho para atrair a fêmea. Cada espécie produz um som diferente originando uma variedade de sons emitidos, como podemos ver no vídeo abaixo. São capazes de emitir também sons de agonia e de defesa de território.
Figura 5 - Salamandra lusitânica, fêmea com os ovos. Fonte: http://www.flickriver.com/photos/tags/salamandralusit%C3%A2nica/interesting/ |
2. Anuros: anfíbios “sem cauda”
Os anuros, com aproximadamente 5420 espécies de rãs, pererecas e sapos, são mais especializados do que os urodelos para se movimentar na terra.
Apresentam esqueleto adaptado para locomoção aos saltos através de suas poderosas patas traseiras para saltar.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1251750/ |
São carnívoros e, em geral, utilizam a visão para a detecção da presa. Capturam insetos e outras presas ao lançar a língua longa e pegajosa acoplada à parte anterior da boca (Figura 1).
Também tem grande variedade de adaptações de defesa que ajudam a evitar seus predadores. As glândulas da pele secretam um muco repugnante e, às vezes, venenoso. Muitas espécies venenosas têm coloração brilhante que os predadores associam ao perigo (Figura 2). Outras tem padrões de cores que servem de camuflagem (Figura 3).
Figura 3 - Rãs com coloração para camuflagem. Fonte: http://123hdwallpapers.com/pt/animals-frogs-amphibians-poison-dart-frogs-green.html#.WBVYaOArLIV |
Esses animais possuem uma grande diversidade de estratégias reprodutivas. Entre elas, a vocalização do macho para atrair a fêmea. Cada espécie produz um som diferente originando uma variedade de sons emitidos, como podemos ver no vídeo abaixo. São capazes de emitir também sons de agonia e de defesa de território.
Como diferenciar sapos, rãs e pererecas?
3. Ápodes: Anfíbios “sem patas”
Os
ápodes, representados pelas cecílias ou cobras-cegas, são cerca de 170
espécies. Habitam áreas tropicais, onde a maioria das espécies se enterra em
solos de florestas úmidas. Poucas espécies vivem em lagos de água doce ou
riachos.
Podem ser aquáticas ou terrestres, mas todas respiram através de pulmões na fase adulta.
Não
possuem patas e são quase cegos (por isso o nome “cobra-cega). A
ausência de patas é uma adaptação secundária, visto que evoluíram de um
ancestral com patas (Figura 1).
Em
decorrência de seus olhos pouco desenvolvidos, usam receptores químicos para
detectar suas presas (Figura 2).
Figura 2 - Os olhos das cecílias são quase imperceptíveis. Fonte: http://animais.culturamix.com/informacoes/anfibios/tudo-sobre-a-cobra-cega |
Para conseguir entrar na terra a cobra-cega utiliza sua cabeça, que é uma parte bastante rígida de seu corpo, e com a força de seu corpo consegue furar galerias por de baixo da terra, como pode ser visto no vídeo abaixo.
Alimentam-se de invertebrados como minhocas, vermes, larvas de insetos e, provavelmente, também de peixes pequenos. Para tal, elas utilizam seus dentes para capturar as presas e, basicamente, as engolem.
Os
machos desse grupo possuem um órgão reprodutor chamado de falodeu, assim a
fecundação nas cecílias é interna.
Algumas
espécies de cecílias são ovíparas e outras vivíparas, no caso das ovíparas as
fêmeas cuidam dos ovos até o nascimento (Figura 3 e 4).
Figura 3 - Fonte: http://olivrodanatureza.blogspot.com.br/2013/08/cobras-cegas-ou-cecilias.html |
Figura 4 - Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/cecilias.html |
FONTES:
- AMABIS, J.M. e MARTHO, G.R. Biologia dos Organismos. 2ª ed. São Paulo: Moderna. 2004.
- CAMPBELL, N et al. Biologia. 8ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2010.
- OSORIO, T.C. (org). Ser Protagonista-Biologia 2 – 2ª ed. São Paulo. Edições SM. 2013.
-Anfíbios: o início da conquista da vida terrestre. Disponível em <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/anfibios.php>
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